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magic is everywhere
The mythical fox // Dennis Lehtonen
In Finnish the word for northern lights is ”revontulet” and it directly translates to ”fox fires.” According to the old mythology when it runs along the tundra, the fox’s flaming tail sweeps snowflakes into the sky and the fur scratches the trees, setting the skies on fire. That is how the northern lights are created.
M104 - the Sombrero Galaxy
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As 10 maiores mentiras da humanidade:
Vou aproveitar o espírito desta época de congraçamento e paz para fazer a lista das dez maiores mentiras da humanidade: siga para ver.
1. Deus existe. Sério, só se for um psicopata sádico. A existência de um tumor cerebral mais comum em crianças, o DIPG, é prova suficiente. Esse tumor faz as crianças morrerem de forma horrível, perdendo movimentos, a capacidade de comer, falar e respirar aos poucos. Sem cura.
Deus não existe, nunca existiu. O universo é regido por leis matemáticas cegas à nossa ilusão de justiça. Nada no universo ou em nossas vidas é intrinsecamente justo. A única justiça q existe é aquela q fazemos.
A idéia da ilusão de um mundo justo não é suficiente para provar a inexistência de Deus. Mas, num mundo injusto, se Deus existir, isso é um acidente cruel.
2. A vida tem sentido. Sinto muito, não existe nenhum sentido intrínseco na vida. Existimos pq um acidente bioquímico raro transformou um punhado de moléculas numa entidade que se multiplica e evolui. O resto é história. O sentido de cada vida é dado por nós mesmos, mais ninguém.
3. As pessoas podem mudar para melhor. É raríssimo, deve ser menos comum do que o decaimento do próton. Nessa pandemia, provas existem em abundância. A maioria dos panacas vai deixar de ser idiota quando morrer. E é isso. Pessoas "ficam boas" quando já tinham boa índole.
4. Existe vida após a morte. Não, simplesmente. Esse é apenas o desejo pueril de quem não aceita ser finito. Temos começo, teremos fim. Simples, simétrico, verdadeiro. O resto é mentira. A própria vida, no entanto continua, pelo menos até cancelarmos toda a biosfera do planeta.
5. A humanidade vai progredir, vai aprender e superar este momento. Igual superou os outros? Alguém pode me dizer o que a humanidade aprendeu com as grandes guerras mundiais? Com a peste negra? Nada que não tenha esquecido depois. A sociedade cultiva o progresso, ou o perde.
6. O tempo ensina, a idade traz sabedoria. Mentira. Quase todas as pessoas pioram com o tempo. A velhice traz manias, limitação, incapacidade de se livrar do passado e se adaptar. Raras pessoas constroem sua sabedoria e conseguem "melhorar". Mas a idade sempre tira mais do q dá.
Não há vantagem nenhuma em envelhecer. Se fossemos elfos sempre jovens também haveria uma minoria que iria ganhar alguma sabedoria e uma maioria que apenas ia repetir as mesmas besteiras. Ninguém precisa envelhecer para isso. Envelhecer é um preço que a física cobra, e alto.
7. Temos escolha. Mentira, e nem precisa chegar na questão do livre arbítrio. Uma criança que nasce numa favela, uma pessoa que morre de câncer, um professor morto por uma gangue, uma menina morta por bala perdida da polícia, uma mulher no Talibã. Deu para entender, não foi?
Na prática, uma minoria infima das pessoas tem alguma escolha, e esta mesma ainda é limitada. Quase nunca temos realmente escolha em nossas vidas, mas nos iludimos com mais essa mentira útil.
8. A vida é boa. Não, a vida é a vida. Boa para alguns durante algum tempo, ruim para muitos durante muito tempo. Nada é garantido. Amor, felicidade, "sabedoria" (seja lá o q isso for), nunca acontecem para um grande número de pessoas, independente do que fazem ou deixam de fazer
Durante o Império Romano, quando o Coliseu era utilizado para o deleite das tradicionais famílias patrícias de Roma, ao assistir gladiadores serem dilacerados por leões, abaixo do palco um grande número de escravos trabalhava. Por vezes, morriam lá, após uma vida anônima.
A construção das pirâmides necessitou de maneiras engenhosas de transportar blocos de rocha de várias toneladas em grande quantidade para colocar no local planejado. Esse processo usava a força de centenas de escravos, muitos dos quais morriam esmagados no processo.
Nos EUA do século XX, por mais de 40 anos (na verdade, somente encerrou na década de 70), o governo americano, através de alguns de seus mais renomados médicos cientistas, estudou uma população negra pobre com sífilis, sem dar nenhum tratamento a eles, seguindo-os até a morte.
Vida boa? Talvez para a nobreza egípcia e romana e autoridades de saúde americanas, mas certamente não para quem usaram sem piedade. A única forma de garantir alguma qualidade nesta vida é lutar por isso. Não se recebe nada de graça.
9. O conhecimento aumentará com o tempo, como sempre fez, e trará a solução dos maiores problemas modernos. Ao contrário da maioria das outras mentiras, quase todas defendidas mais pelas religiões, essa é típica do cientificismo. É verdade que o conhecimento científico aumentou.
Mas o resto é mentira. E também é incerto se o conhecimento continuará aumentando sem obstáculos. O crescimento recente e global do obscurantismo sinaliza para uma verdade assustadora: nada é garantido, nem mesmo o progresso. O que ocorre não é uma simples onda de ignorância.
O período da história conhecido formalmente como Baixa Idade Média (primeiros 6 séculos) são também chamados de "Idade das Trevas", pois ocorreu não apenas o esquecimento, mas a destruição ativa do conhecimento legado pelo mundo clássico greco-romano. Então, a ciência acabou.
Para dar uma pálida idéia do que foi perdido, não apenas arte, filosofia, medicina, astronomia, entre outras ciências, também a primeira tecnologia da informação. O primeiro computador do mundo, que saibamos, foi a Máquina de Anticítera, descoberta num naufrágio de 70 AC.
Só se descobriu como funcionava ao ser examinado com técnicas modernas de imagem, depois de 2003. Era um computador analógico, movido por engrenagens, que calculava com precisão as órbitas do Sol, da Lua, estações do ano, fases lunares, eclipses, com décadas de antecedência.
Isso, e quanto mais nós desconhecemos por ter sido perdido para sempre, foi engolido pela Idade das Trevas. O que nem todos sabem, é que outras Idades das Trevas ocorreram anteriormente. A mais famosa foi a Idade das Trevas Grega, após o colapso da civilização da Idade do Bronze
Na época, em todo o mundo conhecido, as maiores civilizações que existiam sumiram por motivos incertos. Grandes cidades foram completamente destruídas e, assim como ocorreria depois, a cultura e o conhecimento foram perdidos. Muito dele para sempre.
O que impede que ocorra novamente um colapso da civilização como a entendemos hoje e a perda da maior parte da nossa ciência? Nada, na verdade. Uma pandemia, outras talvez, guerras, religiões iconoclásticas que rejeitam a ciência, desastres naturais, talvez um super-evento solar.
Sem falar na profunda alteração climática causada pela exploração dos combustíveis fósseis. Assim como a fábula Fundação, escrita por Isaac Asimov, já apontava para as fraquezas da civilização ocidental, a perspectiva de outra Idade das Trevas ressurge.
A perspectiva de outro período de obscurantismo com o esquecimento do conhecimento da nossa era é real. Quanto tempo se passaria antes de uma nova Renascença? Mil, dez mil anos? Quem sabe, depende das forças que já se erguem hoje e negam o conhecimento e a ciência atuais.
10. Um dia entenderemos tudo sobre o Universo. Claramente colocado dessa forma, essa expectativa é flagrantemente pueril, tola, e falsa. Surpreendentemente, um orgulho tosco faz com que um sem número de "grandes cientistas e filósofos" proponha uma enorme e enfadonha procissão de "teorias de tudo".
O universo é feito de entidades multidimensionais denominadas "cordas", ao invés de partículas adimensionais. O universo é feito de pontos e linhas geométricas (acredite, tem várias dessas). O universo é feito de algoritmos como num computador (essa não é surpresa). O universo é feito de quebra-cabeças dinâmicos como no "Jogo da Vida" de John Conway (considerado um dos mais brilhantes matemáticos depois de Gauss, um dos idosos mortos pela COVID, descartáveis na visão dos conservadores liberais).
E tem muito mais. Particularmente, a teoria que mais gosto é a da Cosmologia Cíclica Conformacional de Roger Penrose. "Gosto" é adequado, porque o máximo que se pode fazer em relação a essas teorias é dar opiniões estéticas.
Na verdade, a relatividade geral de Einstein explica o universo inteiro, exceto a escala microscópica do mundo subatômico. Nele, a mecânica quântica é o melhor modelo explicativo. A relatividade geral deve ser a mais testada e desafiada de todas as teorias humanas, e resiste intacta, sem nunca ter feito previsões contestadas pela evidência. Não explica tudo, mas tudo que explica funciona.
A mecânica quântica fez a mais precisa previsão confirmada pela evidência jamais feita (o momento magnético anômalo do elétron), mas também a previsão mais errada da história da ciência (a intensidade da energia do vácuo). Em conjunto, as duas teorias explicam quase todos os fenômenos observados.
Onde elas falhariam seria em regimes de altíssima energia, como se diz em física, no início do universo e dentro de buracos negros. Estes dois locais são e serão para sempre inacessíveis para observação. Assim, pode-se ter uma esperança de complementar as teorias atuais e até mesmo descobrir algum fenômeno novo que as duas não explicam (como a matéria escura, se existir).
A tal da teoria de tudo, porém, ao que tudo indica nunca será acessível a nós, pois nunca poderá ser testada empiricamente. Todas as "teorias de tudo", no momento, são fantasia, no sentido mais formal que quero construir. São teorias fantásticas.
(Originalmente composto como postagens no Twitter de 2020 até hoje, exceto a décima mentira).
#Natal2022 #sabedoria #espiritodenatal #justicauniversal #mentira #fimdeano2022 #mentirashumanidade
Originally a Twitter Thread, with the help of Thread Reader
Baldolino Calvino🏳️🌈🚩🇧🇷✨♻️🌱
Oct 1 • 15 tweets • 4 min read
Fantasy is not science, nor philosophy, and not real (of course). This may seem obvious, but what I am trying to do is creating an exact, non-contradictory definition of fantasy, not as an art genre, but as an object of study. Not by science, but by fantastic natural history.
Fantasy - Wikipedia
"Fantasy is a genre of speculative fiction involving magical elements, typically set in a fictional universe and sometimes inspired by mythology and folklore."
Fantasy, Magic (not meaning prestidigitation), Mythology, and Folklore can be understood as equivalent, overlaping concepts. Wikipedia's entry is mostly tautological, circular, thus.
However, this is an article about the artistic genre, and one could say that it refers to art expression (written, musical, cinematic, other) that uses these references. This is enough for this use case, but we do not advance in an objective conceptualization of fantasy.
Fantasy (psychology) - Wikipedia
"(...) fantasy is a broad range of mental experiences, mediated by the faculty of imagination in the human brain, and marked by an expression of certain desires through vivid mental imagery."
This entry about the concept of fantasy in psychology gives a more elaborared view of it. However, what differentiates fantasy from other instances of human creativjty? The article continues: "Fantasies are associated with scenarios that are absolutely impossible."
Wikipedia's entry on Fantasy (psychology) does not give any reference to this concept, and proceeds listing the importance of Fantasy for various theoretical approaches (Freud, Klein, Lacan), or pathologies (narcissistic personality disorder, schizophrenia). It is not unified.
More revealing is Wikipedia's "History of Fantasy" (about the literary genre).
" (...) the supernatural and the fantastic were an element of literature from its beginning. The modern genre is distinguished from tales and folklore (...)"
It makes a clear distintion between ancient myths and folklore, and so-called "modern fantasy", whose first explicit representant was Scottish author George MacDonald in the late XIX century, with his novels "The Princess and the Goblin" and "Phantastes".
Important precursors were Dickens, Thackeray, Andersen, Ruskin, Morris. And MacDonald's work enormously influenced Tolkien and Lewis. One key word in this historic description of Fantasy is "speculative". And a defining characteristic of modern fantasy is the "fantasy world".
Distinctive differences of modern fantasy are the postulate of a secondary fantasy world apart from reality; fictitious by design; and narratives from a (group of) author(s) with an interpretative aim. Myths or folklore does not have any of these characteristics.
The entry goes on in a detailed description of the development of Fantasy as a literary genre, since writings about tales and legends from Middle Ages. However, one fun example of how medieval mind understood the fantastic can be seen in the novel "Baudolino" by Umberto Eco.
Most of this Wikipedia's entry is based upon https://twitter.com/john_clute and John Grant's https://sf-encyclopedia.com/fe/, published in 1997, and fully available on the internet.
More to come, be patient.
炎麒-Enki-
Space Station Snaps Hawaii’s Volcanoes via NASA https://ift.tt/1FuNDBb
✨Ava✨
A lenticular print you can unlock when you back the kickstarter here! Less than 8 days left to back.
South Island, New Zealand
Comet Leonard, Christmas Comet
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Baldolino Calvino. Ecological economist. Professor of Historia Naturalis Phantastica, Tír na nÓg University, Uí Breasail. I am a third order simulacrum and a heteronym.
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